Quem Somos

A minha foto
Leiria, Distrito - Leiria, Portugal

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Leitura da Semana





Neste romance o escritor descreve com energia que todas as misérias com as quais são confrontados todos os indivíduos modernos, é o desvio sexual.



Philip Roth, parece dar uma missão precisa: demonstrar o mal dos tabus da sociedade contemporânea.


Inscreve-se na tradição dos romances libertinos, e se surpreende muitas vezes no desvio de uma frase, de uma página a relembrar da ironia de um Voltaire (defensor da reforma social contra as punições da igreja, iluminismo) ou a negrura de um Marquês de Sade (pioneiro da revolução sexual).


David Kepesh, o narrador, crítico cultural de televisão e professor, satisfaz a sua libido de sexagenário com os seus estudantes.


Desde a revolução cultural dos anos 60, quando deixou a mulher e o filho, Kepesh experimentou viver aquilo a que chama uma “virilidade emancipada”, fora do alcance da família ou de uma parceira. Ao longo dos anos refinou essa exuberante década de protesto e licenciosidade com uma vida ordenada em que é simultaneamente livre no mundo de Eros e estudiosamente dedicado na sua actividade estética.


Até que encontra a jovem e voluptuosa Consuela, de vinte e quatro anos de idade, rica herdeira cubana, que deixar-se-á encantar e oferecerá os seus encantos ao velho sátiro, experimentando os desejos da dependência sexual e que lança imediatamente a vida do professor num tumulto erótico.


Brevemente a Morte convida-se ao coração de esta ligação transgressiva, parecendo hesitar sobre a sua próxima presa, a juventude voluptuosa da estudante ou o sexagenário libidinoso do professor. Este romance abre digressões sobre o desejo, a cobiça, a discrepância dos corpos, a libertação sexual, a vertigem dos sentidos, e as ilusões do jogo amoroso. Esta história é construída sob a forma de um monólogo íntimo, confissões patéticas de uma virtuosidade atormentada por uma questão existencial.


“ O animal que morre “ através do narrador, que nos faz explorar os meandros do desejo, que é tanto o sinónimo do desespero como do prazer, ataca-se às certezas, às ilusões de nossos contemporâneos, este romance revela-se, às vezes, tanto como uma análise pertinente da nossa época como uma meditação, em que muitas vezes define a condição humana.


Aqui fica um excerto da página 38:

Há que fazer uma distinção entre morrer e a morte. Nem tudo é morrer ininterruptamente. Se somos saudáveis e nos sentimos bem, vamos morrendo invisivelmente. O fim, que é uma certeza, não tem de ser arrojadamente anunciado. Não, não podemos compreender. A única coisa que compreendemos acerca dos velhos quando não somos velhos é que foram marcados pelo seu tempo. Mas compreender isso imobiliza-os no seu tempo, o que equivale a não compreender nada. Para aqueles que não são ainda velhos significa que já fomos.

domingo, 31 de outubro de 2010

As novas tecnologias como apoio ao profissional de gestão

Olá, caros leitores e seguidores.

Aqui fica mais um trabalho elaborado por alguns dos formandos do curso de Técnicas de Apoio à Gestão.

https://docs.google.com/leaf?id=0Bwb1MK6_yV_PZjczZjQ3NzYtYzZiZS00NTgzLWJkN2UtYmQwNWIwOTZkZTU5&hl=en&authkey=CNG_lbcB