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terça-feira, 19 de abril de 2011

Leitura da semana




A criança que não queria falar



“A criança que não queria falar” é uma história verídica, escrita por uma professora do ensino especial que se dedica a crianças com dificuldades e perturbações mentais e emocionais. Toda esta história transparece uma comovente relação entre Torey Hayden, a professora, e Sheila, a aluna de apenas seis anos, marcada pelo um passado de abandono e rejeição, ferida pela própria vida, abusada e desumanamente maltratada que, ao raptar um miúdo de quatro anos para lhe atear fogo, é encaminhada para um hospital psiquiátrico. Na altura não existia vaga no hospital, então foi enviada para uma turma de ensino especial onde Torey Hayden lecciona. Ao ser inserida nesta turma, junto com mais oito crianças, Sheila, revela ser uma criança problemática, cujos laços de relacionamento não existem. Tudo isto aliado a um pai alcoólico e drogado, que não aceitava caridade, e ao facto de ter sido abandonada por uma mãe adolescente, que a deixou à beira de uma auto – estrada.

Depois de alguns meses, Torey verifica que Sheila tem uma capacidade de aprendizagem superior à das outras crianças da sua idade e isso chama-lhe a atenção, consegue com que Sheila realize testes onde se confirma que o grau de inteligência é elevado para uma menina de seis anos. Depois de vários meses, finalmente, abriu uma vaga no hospital psiquiátrico onde Sheila estava inscrita. A Torey soube, não concordou com a decisão e falou com o namorado Chad, advogado, para tentar alterar a decisão do juiz. O caso da Sheila foi novamente a juiz e foi decidido que ela estava mais calma e assim não era preciso ir para o hospital.

Durante este percurso, um tio da Sheila sai da prisão e apresenta-se muito amigo dela, até que chega uma altura em que ele tenta abusar dela. Como ela não permitiu, ele meteu-lhe uma faca na vagina e acabou por cortá-la. Ela foi para a escola e Torey notou que se passava algo, porque Sheila estava muito branca e ia muitas vezes à casa de banho. Torey chegou a um ponto em que viu que ela estava a perder muito sangue e levou-a para o hospital, onde ela foi operada e esteve em perigo de vida. Sheila era uma garota muito forte, conseguiu ultrapassar esta má fase da sua vida.

Quando estava a chegar o fim do ano, Torey descobriu que os seus alunos iam ser separados, aquela turma ia deixar de existir por falta de verbas. Na mesma altura, Torey recebeu a resposta da universidade onde se tinha inscrito para voltar a estudar. O grande problema de Torey agora era Sheila, tinha que a convencer que as aulas iam acabar e que no ano seguinte ela não ir estar consigo. A professora conseguiu falar com uma colega para ver se ficava com Sheila numa aula mais avançada e a colega aceitou. No inicio, Sheila não aceitava esta decisão, mas como Sheila já tinha mudado muito, ela no fim acabou por aceitar a decisão de Torey.

É muito difícil de tomar conta de crianças com problemas mas, como muito amor e paciência, uma pessoa consegue tudo delas.



Citação



“Concentrada em qualquer música interior, deslizava e rodopiava ao som da mesma. Outros transeuntes fitavam-na com um ar divertido. Um salto, uma pirueta e depois alguns arabescos. Era quais irreal vê-la dançar sozinha ao sol, os cabelos desenhando uma enorme roda amarela e cintilante.”



Biografia: Torey Hayden nasceu em 1951, em Livingston, Montana, nos Estados Unidos. Apesar de ter uma formação académica diversificada, dedicou grande parte da sua vida ao ensino especial e à escrita. Os seus livros, inspirados nas crianças e adultos que conheceu no decurso da sua actividade profissional, são bestsellers traduzidos para cerca de 30 línguas. Nesta colecção poderá encontrar os títulos A Criança Que não Queria Falar, A Menina Que nunca Chorava, Os Filhos do Afecto, Uma Criança em Perigo, Filhos do Abandono, A Força dos Afectos e A Prisão do Silêncio.

(www.presenca.pt)

quarta-feira, 30 de março de 2011

EVENTO DA SEMANA

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo






O Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais – Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e a Associação para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Leiria (APPDA-L) juntaram-se para comemorar o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo que terá lugar no dia 2 Abril  pelas 16h no auditório da ESECS, em Leiria no pavilhão do CRID.
A entrada é livre.


O autismo é uma perturbação complexa que se manifesta sob diversas formas. As crianças, jovens e adultos com autismo e, de facto, as pessoas com deficiência em geral, para além dos desafios diários que a sua condição impõe, também têm de lidar com as atitudes negativas da sociedade, apoio inadequado às suas necessidades e, em alguns casos, a discriminação.


O Dia Mundial da Consciencialização para o Autismo tem como objectivo que se compreenda melhor esta perturbação e se promova a adesão universal à Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Conjugando os trabalhos de investigação e os esforços de sensibilização, podemos oferecer protecção e apoio a todos as pessoas com deficiências como o autismo, para que se possam incluir plenamente numa sociedade inclusiva (Secretário Geral das Nações Unidas – Comunicado de imprensa SG/SM/12815 de 29/03/2010)


A comemoração deste dia tem como objectivos:


· Comemorar o dia Mundial da Consciencialização do Autismo

· Distinguir as boas práticas na área desenvolvidas em Leiria

· Sensibilizar a sociedade para referida problemática


Nesse sentido, a Câmara Municipal de Leiria , a Cruz Vermelha e os Agrupamentos de Escolas de Colmeias, Marrazes e José Saraiva associam-se a esta iniciativa. Que tem como missão dar voz às pessoas com autismo, às suas famílias e aos seus defensores para exigir uma maior consciencialização e compreensão desta perturbação.

Esta iniciativa contam com actividades de animação de rua junto a Fonte Luminosa em Leiria ( desenvolvidas pelos alunos do Curso de Educação Social da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais – Instituto Politécnico de Leiria, que vão sensibilizar a comunidade através da apresentação de cartazes e distribuição de Folhetos ) serão igualmente realizadas outras actividades que terão como objectivo alertar a comunidade para esta problemática.


No final do dia será efectuada uma Tertúlia intitulada “ Histórias de vida” que terá como objectivo dar voz as famílias destas crianças/ jovens.

Mais informações em: http://blogs.esecs.ipleiria.pt/crid/
















quarta-feira, 16 de março de 2011

Evento da Semana



Dia 19 de Março
Auditório da SAMP
18h00

Quem não tem heróis do cinema?

Muitas vezes guardamos na nossa memória certas personagens não só pela sua história, mas também pela música que as acompanha na tela.

Os nossos meninos trazem-nos algumas dessas memórias, umas suas e outras da infância dos seus pais…

ENTRADA LIVRE


PÚBLICO-ALVO: M/3


INF.: 244 801 685
geral@samp.pt

Org.: Sociedade Artística e Musical dos Pousos

Diário da Nossa Paixão

Esta história começa com dois idosos que estão num lar de terceira idade. O homem, com o seu caderno de apontamentos, todos os dias conta à sua esposa uma história. História essa que começa com um simples amor de Verão entre dois jovens de classes sociais diferentes, Noah e Allie, e que se transforma numa linda história de amor travada pela família dela. Após uma decisão drástica da família de Allie em colocar um fim naquele relacionamento, o jovem casal é afastado durante uma série de anos.
Certo dia, Allie volta a ter noticias de Noah através de um jornal, o que vai reavivar a sua memória e, mais importante do que isso, vai reavivar a paixão que manteve escondida durante todos esses anos. Uma vez mais, essa é uma paixão proibida, visto que Allie está noiva de um jovem advogado Lon, que pertence a uma das famílias mais importantes da época.
 O que eles viveram no passado foi forte, Allie entende que, pelo menos mais uma vez, ela terá de ver Noah para poder prosseguir com a sua vida. Esse pensamento não a deixa, até ao dia em que finalmente decide ir ao seu encontro.
Allie informa o noivo que irá uns dias para Nova Berna com a intenção de fazer umas compras. Já em Nova Berna, encontra-se finalmente com Noah, eles falam do passado, recordam a história por eles vivida, tentando esconder algo que ainda existe.
Quando Allie decide voltar no dia seguinte a casa de Noah, é então consumada a verdadeira paixão dos dois, que se entregam nos braços um do outro. Para Allie, nesse momento levanta-se um grande dilema, ficar com o Noah ou continuar os seus planos futuros de casar com Lon. A escolha recai certamente sobre Noah, era impossível deixar fugir aquilo que lhes escapou por entre os dedos alguns anos antes.
Fala-se agora da segunda perspectiva que este livro aborda, que é o de um amor de uma vida, preenchida de tudo a que os dois tiveram direito, preenchida com recordações, filhos e com um amor que, apesar da idade, não se apaga, e que se vê ameaçado por um terrível mal: a doença de Alzheimer. Esta doença roubou a Allie as suas memórias e as suas recordações. De repente, Noah vê-se perante o fim do amor da sua vida.
 No entanto, luta na tentativa constante de voltar a proporcionar à sua amada momentos mágicos como tantos outros que já existiram. Ele acompanha a sua esposa nesta luta contra a sua doença, apesar de ele próprio também sofrer de vários males próprios da sua idade mas, ainda assim, todos os dias lhe lê uma linda história de amor, que retira de um livro já meio gasto, na esperança que a faça recuperar, nem que por breves instantes, memórias dessa mesma história.
Só no fim deste livro ficamos a saber que o idoso que todos os dias se aproxima daquela senhora e lhe lê uma linda história de amor é Noah, que vê agora Allie, o amor da sua vida, com a terrível doença de Alzheimer e todos os dias lhe lê a história de amor que viveram, na esperança de a ajudar, nem que seja por uns breves instantes, a recordar também ela, essa história de amor.

Presença no seminário

No passado dia 18. 02.2010,os formandos do curso técnicas de apoio à gestão dirigiram-se a pombal com o intuito de assistir a um seminário “contabilidade e a dinâmica do mercado” promovido pela entidade formadora Fchonet- formação e serviços de informática, Lda. organizado pela turma do curso EFA, de nível secundário, técnico/a de contabilidade, e foi desenvolvido no âmbito de uma actividade integradora.

Este seminário estava composto por um leque variado de oradores como é apresentado de seguida:

  • Presidente do Município de Pombal, Eng.º Narciso Mota;
  • Revisor oficial de contas, Dr. Manuel Domingues;
  • Director da unidade de identificação e qualificação de contribuintes do instituto de segurança social, Dr. Orlando Antunes;
  • Presidente associação de industriais do concelho de Pombal (AICP), Eng.º Rodrigues Marques ;
  • Presidente Associação Comercial e serviços de Pombal (ACSP), Sr. Manuel Gonçalves;
  • Formandos do Curso EFA Técnico/a de contabilidade.

Os temas abordados foram vários desde o investimento em Pombal e seu futuro, a responsabilidade das empresas perante a administração fiscal, as alterações ao código contributivo e a perspectiva comercial e industrial no Concelho.

De seguida apresentamos algumas fotos:

















Módulo : Aplicações Informáticas de Gestão de Pessoal


Aplicações Informáticas de Gestão de Pessoal, permitiu-nos aprofundar os conhecimentos relacionados com o programa informático Primavera, em especial na aplicação de Recursos Humanos.
Utilizando a empresa “Papagaio de Papel”, criámos fichas de colaboradores (dependentes e independentes), fizemos o controlo das faltas e horas extras, marcação de férias, processámos os vencimentos mensais, subsídio de Natal e Férias e respectivos recibos, bem como as devidas declarações para a Segurança Social e Finanças (mapa de IRS). Neste seguimento, efectuámos a análise interna da empresa, através da realização de mapas de custos de pessoal e extractos de independentes.
Toda esta matéria foi consolidada por meio de exercícios práticos, que será uma mais-valia para o nosso futuro profissional.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Evento da Semana



Recriação Histórica
Praça Rodrigues Lobo
Sábado dia 12 de Março às 16h 

Uma recriação histórica das Invasões Francesas em Leiria. Nesta recriação, será possível assistir à simulação do frente-a-frente entre os exércitos franceses e a população. Disparos e carga de baioneta dos franceses, resposta do povo com varapaus, incêndio do casario e fuga dos franceses irão fazer-nos reviver os acontecimentos ocorridos em Leiria naquela época. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fluxos de Gestão Financeira - Trabalho Seleccionado

De seguida apresentamos o nosso trabalho do módulo de Fluxos de Gestão Financeira, onde nos dirigimos a uma instituição bancária "Finibanco", a fim de nos informamos quais as melhores ofertas dos seus produtos financeiros disponíveis e qual a forma mais viável para a realização de vários tipos de investimento/crédito.

https://docs.google.com/leaf?id=0Bwb1MK6_yV_PODIxMWJmMjEtZTE2OS00MGYyLTliNzAtZmE4ZjZiYzRhYjQ1&hl=en

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Conteúdos abordado no módulo de Estatísticas de relações laborais

Este módulo teve como objectivo a aplicação prática no preenchimento da documentação específica à função pessoal.

Os conteúdos abordados neste módulo foram os seguintes:

  • Relatório Único;
  • Mapa de férias;
  • Horários de trabalho. 
 Este módulo foi enssencialmente prático e desta forma preenchemos o relatório único, elaboramos mapas de férias e horario de trabalho.


De seguida apresentamos um dos trabalhos realizados.



    sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

    Resumo de Portugal na periferia do centro: mudança social, 1960 a 1995 de "António Barreto"



    Portugal é uma sociedade aberta que integra a União Europeia. De momento a questão europeia é a mais importante da actualidade e vista dos seus mais diversos aspectos é a mais forte condicionante da evolução imediata.
    A conflitualidade, as hipóteses de prosperidade económica e as políticas sociais, terão a Europa como referência e as expectativas individuais e colectivas terão a Europa como modelo e horizonte.
    Há trinta anos atrás, Portugal não era uma sociedade plural. O facto de Portugal ser um país de pequenas dimensões e estar centrado, faz com que este seja um país mais homogéneo ou seja um território, um povo, uma nação, uma língua, uma fronteira, uma religião, o que não deixa de ser paradoxal num país com longo passado colonial. Nem os descobrimentos marítimos, o império e a emigração constante, conseguiram fazer do continente uma sociedade plural. O que contribuiu para que a sociedade civil fosse pobre, dependente e pouco diversificada, partiu de uma revolução industrial sempre incompleta, uma agricultura frágil, um persistente analfabetismo e de uma religião centralizada.
    Portugal era também uma sociedade dualista em evolução, que apesar de estarem no mesmo território, sob o mesmo estado e com as mesma raízes, pareciam duas sociedades territorialmente separadas e destinadas a seguirem diferentes caminhos.
    A sociedade urbana, concentrada no litoral, em modernização, em vias de alfabetização gradual, em contacto com o mundo exterior, com acesso a fontes de informação modernas e a modelos de consumo próprias das sociedades industrializadas. As hierarquias eram formais, baseadas mais no direito do que nos costumes. O comércio, emprego e cultura dominavam as relações sociais. Ao lado desta, uma sociedade rural, estava como que cortada das formas modernas de acesso ao consumo e à informação. As relações humanas e sociais repousavam na família e nos costumes e as hierarquias eram informais. Na primeira sociedade, o tempo era uma quantidade, na segunda, uma condição.
    Os dualismos não punham em causa o povo, a língua, o estado, a nação e o território. Este, evidenciava a diferença de ritmos de mudança de uma sociedade que desaparecia e de uma outra que nascia ao lado. Apesar de ambas estarem ligadas seguem caminhos diferentes, uma em direcção ao futuro e a outra deixou-se extinguir.
    Todavia, hoje, Portugal começa a ser uma sociedade plural, com sinais crescentes na população, nos traços étnicos e culturais, nos comportamentos religiosos, na vida política, na organização do estado, na comunicação económica e na organização civil. A sociedade dualista quase não existe mais.
    Portugal sofreu uma transformação ininterrupta, gradual e permanente, mas só até certo ponto. Ficamos a conhecer que a sociedade portuguesa, a partir dos anos 60, viveu uma fase de desenvolvimento notável mas com alguma lentidão. Mas com a ocorrência dessas mudanças alcançamos em alguns aspectos os nossos vizinhos europeus.
    O autor conduz-nos por algumas comparações das evoluções ocorridas entre a década de 60 e a de 90.
    A nível geral houve pouco crescimento demográfico, mas existiram modificações estruturais importantes. Ao nível da natalidade, estamos com uma das mais baixas taxas da Europa mas com um aumento de esperança de vida que nos aproxima dos níveis europeus, contribuindo para o rápido envelhecimento demográfico. Como principal factor temos a diminuição da dimensão média da família que é muito baixa para a reposição das gerações aliada, também, à baixa fecundidade das mulheres. Isto conduz a que as futuras gerações se misturem com outros povos.
    Notou-se uma mudança quase radical de algumas tradições ligadas à família. Notou-se um êxodo demográfico do interior do pais, para a sua concentração em aglomerados urbanos. A emigração, sendo um facto usual em Portugal, conheceu a esta data uma mudança de destinos, ao longo dos anos decorridos, assim como o número de emigrantes e imigrantes.
    Relativamente as actividades económicas, Portugal reduziu fortemente o sector primário, para se dedicar ao sector terciário, ocupando agora este o primeiro lugar. Este conta com uma forte presença das mulheres da população activa, principalmente na Administração Pública, destacando-se, também, a sua presença nas áreas da saúde, educação, assim como, assumem papel de destaque como estudantes do ensino superior e diplomados.
    No sector de educação, Portugal deixou de ser um país ineficaz para se observar uma expansão escolar no decorrer de 30 anos. O analfabetismo foi basicamente eliminado, houve um aumento de estudantes no ensino secundário e superior. Como reflexo disso, a despesa pública nesta área quadruplicou, contudo não significou a qualificação cultural e técnica.
    Na área da saúde, ao aumento de partos em estabelecimentos hospitalares, de 15% para 99%, tendo como reflexo a radical redução na taxa de mortalidade infantil, passando de 80% para apenas 7%, assim como todos os cuidados de saúde, quadruplicando a despesa pública com a saúde.
    A mudança também ocorreu na área da justiça com o aumento de tribunais e funcionários, magistrados, advogados e comparativamente o aumento de casos movimentados, contribuindo para um aumento de consciência dos direitos e deveres.
    Outras das mudanças radicais ocorreu na segurança social, com o número de pensionistas a passar de 60 000 para 2,5 milhões. Este incluiu o subsídio de desemprego, prestações sociais, que em 10 anos teve um aumento de 55% de população desempregada, contribuindo mais uma vez com para o aumento da despesa pública em 2%.
    Na vida social nacional revelou-se um aumento de alojamento próprio para uma das taxas mais elevadas da Europa, com os serviços básicos a cobrir 90% dos alojamentos, bem como dos bens de consumo duráveis mais importantes numa média de 87,5% nos alojamentos. No ramo automóvel estima-se que 55% dos agregados familiares possuam o mesmo.
    Muitas transformações constituíram uma real universalização, o que se traduz em pobres prestações na qualidade de serviços, na deficiente organização e finalmente nos pequenos montantes atribuídos.
     O percurso foi feito em 20/30 anos enquanto nos outros países da Europa fez-se em 50/60 anos. Mesmo assim ficamos longe dos países europeus no nível da esfera dos consumos e dos rendimentos.
    As causas importantes da mudança foram a emigração, o turismo, o livre comércio, o investimento estrangeiro, a guerra colonial e a televisão. Nos anos 70 surge a democracia e nos anos 80 a integração europeia.
    Portugal é influenciado pelos mass media (televisão/internet), liberdade de circulação, cultura jovem e intercâmbio de culturas. Novas formas de cultura da liberdade e da contestação. Devido a estes factores as mudanças sócias levaram a mudanças políticas. Foi fundado um Estado Democrático que leva a adesão a CEE. A revolução política não desencadeou estas transformações acelerou-as e consolidou-as, não as criou.
    4 Fases do Estado – Providência
    1ª Fase de 1960/1968 – 1ºs ensaios protecção social, saúde pública: vacinação, luta contra a tuberculose e o início da assistência ao parto.
    2ª Fases de 1969/1974 – Quase todos passaram a descontar para a segurança social (rurais/ empregadas domesticas), é introduzido o regime não contributivo (pensões sobrevivência).
    Acelera-se a cobertura da assistência de parto, surge o alargamento da escolarização primária e moderadamente do ensino superior.
    3ª Fase de 1975/1985 – Explosão sistemas sociais: escolaridade base 6 anos. Ensino superior duplicou, universalização das pensões e outros abonos, assistência ao parto, serviços saúde e urgências hospitalares. Perda valor real – prestação social.
    4ª Fase de 1985/1995 – 1ª década de integração europeia, elevação pensões sociais, ensino superior duplica e passa a ser feito também em Instituições Privadas. A maior novidade é aumento do subsídio de desemprego. Escolaridade base obrigatória passa para 9 anos.
    Neste último período, tornam-se mais evidentes as dificuldades financeiras do Estado - providência. As despesas aumentam devido às reformas antecipadas e o aumento do desemprego. População activa estabilizou. Especialistas estudam o assunto: Dizem haver necessidade de reformar o sistema de protecção. Reforma necessária e inevitável, revela grandes dificuldades.
    O nosso país passa dificuldades específicas, as prestações são de baixo valor, e de reduzida qualidade.
    A ineficiência relativa à fiscalidade, fuga ao fisco, e a falta de pagamento de IRC por parte de 60% das empresas devido à falta de resultados, a ausência de contribuições no passado, a contracção de dívidas à segurança social, aumentam as dificuldades previsíveis.
    O reduzido valor dos rendimentos médios e das remunerações, não permite um grande optimismo relativamente à criação de novos mecanismos de segurança e protecção.
    As dificuldades da sociedade Portuguesa, revelam-se também pelas características demográficas, padrões de consumo, aspirações sociais e expectativas parecidas com os países ocidentais vizinhos.
    O crescimento das expectativas não correspondeu ao aumento proporcional de riqueza e de potencialidades económicas capazes de satisfazer.
     As mudanças sociais foram mais rápidas e profundas do que a transformação económica.
    O comércio externo Português evoluiu e diversificou-se, mas a verdade é que este facto não teve um impacto profundo nas empresas, na sua produção e organização de trabalho.
    Em 1959 e 1991, o factor trabalho aumentou a sua contribuição para o crescimento, ao contrário do factor produtividade que diminuiu, revelando baixos níveis de desemprego e dificuldades de reconversão da indústria.
    O factor capital determinante para o crescimento neste período, direccionou-se para sectores de baixa produtividade e trabalho intensivo.
    O baixo nível de salários foi uma fonte de sucesso nos anos 60.
    Nos últimos 40 anos verificou-se que Portugal ficou à quem de todos (em relação à União Europeia). E evolução, “modernização” foi demasiado rápida, fugaz, talvez sem alicerces necessários no aspecto económico, tecnológico, isto é, à informação global.
    Podemos afirmar que o estado providência cresceu imenso, sendo que a qualidade destes serviços é muitas vezes deficiente e pobre.
    Caminhámos cada vez mais para uma sociedade culturalmente igualitária, mas temos grandes desigualdades na repartição de rendimentos.
    A população é nacionalmente homogénea no sentido de ter acesso a bens, serviços e direitos: política, associativismo, moeda, crédito, seguros, alimentação, comércio, moda, transportes, justiça, correios, todos eles cobrem na totalidade o país. Apesar desta realidade nestas últimas décadas assistimos a um deslocar das populações para as zonas de litoral, até mesmo para o estrangeiro.
    Deveria existir um esforço em revitalizar o interior, pois cada vez mais temos melhores estradas, meios de comunicação que aproximam todas as regiões.
    Nas cidades vemos duas sociedades, as populações bem integradas no meio urbano e as periféricas como os bairros de lata e barracas em que os políticos/sociedade persistem em condenar em vez de as voltar para a prosperidade.
    A estas situações juntam-se a economia “informal”, “a exclusão”, os desempregados, os subempregados e os socialmente protegidos, mostrando assim o fenómeno da não integração social.
    O alargamento quantitativo do Estado-providência na implementação dos direitos sociais dos cidadãos, reconhecidos pela Constituição, iniciou-se nos anos 60, mas foi depois de fundado o Estado democrático, que o processo se alargou e intensificou.
    Nas últimas décadas eram dominantes os princípios da igualdade de direitos sociais, da universalização e da gratuitidade dos serviços públicos de protecção social, mas nos últimos anos estes princípios passaram a ser revistos devido às potencialidades financeiras do Estado serem cada vez menores, causa do aumento das prestações sociais e envelhecimento da população.
    O facto de os portugueses não serem auto-sustentáveis a vários níveis e, também, pela entrada dos países asiáticos, africanos e latino-americanos nos circuitos comerciais, criou obstáculos ao desenvolvimento do Estado-providência.
    O estado social precisa de rever os princípios de gratuitidade e da universalidade para combater a desigualdade social.
    Portugal passou por várias mudanças nos últimos anos. Com a descolonização e a perda do Ultramar teve um corte com as tradições. Com a entrada do regime democrático deixaram de haver presos políticos, passaram a existir vários cargos políticos, direito ao voto, os direitos e garantias dos cidadãos passam a ser legalmente reconhecidos.
    Com a entrada na União Europeia, as fronteiras comerciais estão abertas, passando a haver competição internacional num país dominado pelo proteccionismo e condicionamento. Estas mudanças foram aceites rapidamente.
    Segundo Eduardo Lourenço era suposto terem-se criado vários conflitos, devido a tantas e tão bruscas mudanças, o que não aconteceu. O povo português demonstrou grande flexibilidade e capacidade de adaptação, como por exemplo, no acolhimento dos retornados.
    A Europa teve um papel importante na separação da metrópole das colónias, pois era vista como um lar onde todos podiam circular em liberdade, transmitindo segurança.
    Normalmente, atribuem-se como principais causas às grandes mudanças sociais, o novo regime político e a entrada na União Europeia. Mas, na opinião de Eduardo Lourenço, a emigração para a Europa, a urbanização mais acelerada, a desruralização, a abertura económica aos países ocidentais, o investimento externo, o turismo, a crescente escolarização e o aparecimento da televisão, sendo fenómenos mais antigos que a revolução de 74, influenciaram e moldaram a sociedade, que se encontrava já em mudança.
    A mudança social deu-se muito rapidamente, o que trouxe alguns problemas pois esta evolução no sector económico criou algumas transformações devido ao avanço tecnológico. Isto fez com que milhares de activos e seu agregado familiar se distanciassem da lavoura, perdendo assim os seus postos de trabalho para equipamentos que ocupassem os seus lugares. Em simultâneo os postos de trabalho no sector terciário não tinham vagas suficientes, não restando assim alternativas.
    Outro ponto era a idade e aptidões duma população oriunda de um meio rural não facilitarem acesso ao mercado de trabalho industrializado ou à emigração.
    Criando assim uma franca destruição das economias locais, rurais, artesanais, etc.
    Desta alteração drástica resultam duas consequências: Um maior número de dependentes de apoios sociais e um considerável crescimento da população dos subúrbios de grandes centros, em condições precárias de vida, emprego e habitação.
    Esta situação agravou a economia e a sociedade, revelando a fragilidade da criação de novos empregos de qualidade e em quantidade.
    A economia revela que nos próximos anos o desemprego irá aumentar.
    Este desequilíbrio não é só a nível Nacional, como também é notável nos restantes Países Ocidentais, criando assim uma maior insegurança nesta população que estaria habituada a viver com uma segurança relativa quanto á reforma, velhice, doença, educação.
    Portugal tem em parte alguns destes problemas, gerados por circunstâncias históricas tais como:
    Crescimento do Estado-Providência fragilizado e descapitalizado; Falta de contributos financeiros por parte dos dependentes da S.S.; Envelhecimento da população maior do que no resto da Europa; Baixa produção laboral e empresarial; Fraca capacidade económica dos cidadãos portugueses e a Desproporção entre as capacidades económicas e as expectativas.
    A verdade é que o facto de sermos o País mais periférico do centro é uma agravante pois, o pertencermos á Europa faz com que assimilemos toda a sua cultura, mentalidade, ambições, comportamento e expectativas porém isto é um processo muito rápido. O que já não acontece em certos campos onde revelamos uma maior fragilidade tais como:
    Actividades Criativas; Capacidade Económica; Formação Técnica; Força Competitiva; Criação de Riqueza e Talento Organizativo.
    Isto cria uma certa disparidade pois temos cada vez mais as expectativas europeias, sem termos as suas capacidades laborais e económicas e muito menos a sua experiência a nível organizacional e empresarial.
    O que corresponde a uma debilidade deste País periférico para acompanhar a evolução social futura, pois as grandes expectativas características dos Países mais desenvolvidos, são frustradas por fragilidades de ordem: natural, económica e tecnológica que nos deixam mais atrasados comparativamente.










    AES - Resumo dos Trabalhos de Grupo


    Partindo de uma ideia comum, a empresa PAPAGAIO DE PAPEL - Papelarias Lda., criada anteriormente por nós, serviu de base para a elaboração de vários trabalhos no módulo de AES – Aquisição de Equipamentos e Serviços.
    Este trabalho teve como objectivo principal a implementação de uma nova ideia. Com base nesta ideia, pedimos orçamentos para os materiais e contratação de serviços necessários de forma a inovar neste mercado.
    Todas as ideias foram muito diversificadas e primaram pela originalidade.
    Apresentamos de seguida os trabalhos realizados por cada grupo.

    Ricardo Neves e Clara Dinis
    24 H de serviço;
    Sala de cultura e lazer com serviço de mini-bar;
    E-Books disponíveis para consulta de:
    •   livros;
    •   revistas;
    •   jornais;
    •   vídeos
    Venda dos artigos referidos.

    Sofia Ferreira e Fátima Simões
    Espaço de imagem e fotografia;
    Área de exposição;
    Workshops;
    Venda de livros técnicos de fotografia.

    Teresa Franco e Liliane Mira
    Sala de visualização de filmes:
    •   baseados em livros;
    •   cinema europeu.
    Promoção da banda sonora dos filmes
    Descontos em livros durante as sessões.

    Marta Ferreira e Sílvia Vasconcelos
    Espaço com produtos direccionados para invisuais;
    Sala de leitura devidamente adaptada
    Materiais etiquetados em Braille;
    Comércio de materiais escolares, softwares e outros, indicados para invisuais.

    Natália Vieira e Elísia Lopes (Sábado Interactivo)
    Realização de workshops interactivos de leitura/cultura;
    Utilização de instrumentos musicais e outros, necessários à iniciativa;
    Participação de professores, estudantes de artes e psicólogos.

    Vânia Vindeirinho e Sandra Emiliano
    Venda de livros técnicos;
    Parcerias com instituições de ensino superior e editoras de referência;
    Cartão de cliente com vantagens únicas.

    Luisa Cordeiro e Célia Santos
    Workshops:
    •   teatro;
    •   canto;
    •   música.
    Festa fim de ano lectivo (apresentação dos trabalhos realizados durante o ano)

    Patrícia Lourenço e Anabela Dinis (Cultura sobre Rodas)
    Unidade móvel;
    •   sala de leitura;
    •   espaço Internet;
    •   projecção de filmes e documentários;
    •   mini biblioteca;
    •   workshops.


    De seguida apresentamos um dos trabalhos realizado:
    https://docs.google.com/leaf?id=0Bwb1MK6_yV_PNjZlMWEzNDktNDIyMy00NzE4LThlN2ItNTcyMGMyMzAyZmFm&hl=en&authkey=CMqfi7QF